Estudos indicam o interesse crescente do brasileiro por métodos construtivos e fontes de energia de baixo impacto ambiental

Dados recentes divulgados pelo Green Building Council Brasil, organização não-governamental que visa fomentar a construção sustentável no país, indicam um crescimento de 40% em construções residenciais verdes no último ano, comparado a 2022. Este número sinaliza uma mudança significativa no setor imobiliário, rumo a práticas ambientalmente responsáveis.

Na prática, observamos um interesse cada vez maior do consumidor final em soluções de baixo impacto ambiental, como o steel frame e a energia solar.

“Hoje nos deparamos frequentemente com episódios de desequilíbrio e desastres ambientais. Nesses casos, as pessoas esperam um posicionamento das instituições públicas, mas também já entenderam que sua mentalidade e suas decisões do dia a dia refletem neste cenário”, explica Fernando Scheffer, fundador e diretor de marketing da Espaço Smart, loja especializada em steel frame.

Enquanto as obras de alvenaria consomem em média 500 litros de água por m², o método steel frame consome apenas 5 L/m². “Além disso, o uso de água é somente no momento da fundação, ou seja, após a base não é necessário mais trabalhar com água. Outro ponto que mostra a sustentabilidade presente é que não se utiliza cimento e argamassa no processo de montagem”, afirma Caroline Siqueira, sócia vice-presidente do Grupo Innova Steel.

A energia solar também tem despertado um interesse cada vez maior dos brasileiros. Um estudo realizado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), em parceria com a Brain Inteligência Estratégica, mostra que 66% dos entrevistados consideram importante ter energia solar em casa.

“Estamos vindo de uma queda de preço dos equipamentos fotovoltaicos, além de diminuição da taxa de juros e um posicionamento dos bancos, que demonstram estarem mais abertos ao financiamento da energia solar, o que facilita o acesso da população”, afirma Luca Milani, CEO e fundador da 77Sol.